Gliomas de Alto Grau: A Complexidade dos Tumores Cerebrais Avançados

Dra. Adriana Libório

Dra. Adriana Libório

NEUROCIRURGIÃ

Os gliomas de alto grau representam uma categoria de tumores cerebrais notavelmente avançados, exigindo uma abordagem abrangente para diagnóstico e tratamento.

Gliomas de alto grau são caracterizados por um crescimento rápido e uma natureza avançada. Eles têm maior probabilidade de se infiltrar nos tecidos circundantes, tornando a remoção completa através de cirurgia mais desafiadora. O glioblastoma multiforme (GBM) é o glioma de alto grau mais comum e avançado.

Os sintomas de gliomas de alto grau frequentemente incluem dores de cabeça intensas, convulsões, alterações na personalidade e déficits neurológicos. O diagnóstico envolve exames de imagem, como ressonância magnética, e, em alguns casos, biópsias para análise detalhada.

Tratamento:

O tratamento de gliomas de alto grau envolve frequentemente uma abordagem multidisciplinar. Cirurgia para remoção, radioterapia e quimioterapia são componentes-chave do plano terapêutico. A remoção completa de gliomas de alto grau pode ser desafiadora devido à sua tendência de infiltrar tecidos adjacentes. A localização próxima a áreas críticas do cérebro acrescenta complexidade ao processo cirúrgico.

Radioterapia é frequentemente administrada após a cirurgia para eliminar células tumorais residuais. A quimioterapia, muitas vezes com o agente temozolomida ou outros, é parte integrante do tratamento adjuvante.

Pesquisas e ensaios clínicos estão explorando terapias inovadoras para gliomas de alto grau, incluindo imunoterapia e terapias-alvo genéticas. Essas abordagens têm o potencial de melhorar significativamente os resultados.

O acompanhamento é rigoroso, importante para monitorar a resposta ao tratamento e detectar recorrências precoces. A qualidade de vida do paciente, com suporte psicológico e cuidados paliativos, desempenha um papel importante.

A pesquisa contínua está transformando a compreensão de gliomas de alto grau, proporcionando possibilidade de terapias mais eficazes e menos invasivas no futuro.

Referências:

  1. Louis DN, Perry A, Reifenberger G, von Deimling A, Figarella-Branger D, Cavenee WK, Ohgaki H, Wiestler OD, Kleihues P, Ellison DW. The 2016 World Health Organization Classification of Tumors of the Central Nervous System: a summary. Acta Neuropathol. 2016 Jun;131(6):803-20. doi: 10.1007/s00401-016-1545-1. Epub 2016 May 9. PMID: 27157931.
  2. Figarella-Branger D, Appay R, Metais A, Tauziède-Espariat A, Colin C, Rousseau A, Varlet P. La classification de l’OMS 2021 des tumeurs du système nerveux central [The 2021 WHO classification of tumours of the central nervous system]. Ann Pathol. 2022 Oct;42(5):367-382. French. doi: 10.1016/j.annpat.2021.11.005. Epub 2021 Dec 2. PMID: 34865882.
  3. Clarke J, Butowski N, Chang S. Recent advances in therapy for glioblastoma. Arch Neurol. 2010 Mar;67(3):279-83. doi: 10.1001/archneurol.2010.5. PMID: 20212224.
  4. Szopa W, Burley TA, Kramer-Marek G, Kaspera W. Diagnostic and Therapeutic Biomarkers in Glioblastoma: Current Status and Future Perspectives. Biomed Res Int. 2017;2017:8013575. doi: 10.1155/2017/8013575. Epub 2017 Feb 20. PMID: 28316990; PMCID: PMC5337853.
  5. Tan AC, Ashley DM, López GY, Malinzak M, Friedman HS, Khasraw M. Management of glioblastoma: State of the art and future directions. CA Cancer J Clin. 2020 Jul;70(4):299-312. doi: 10.3322/caac.21613. Epub 2020 Jun 1. PMID: 32478924.

Abrir bate-papo
Olá 👋
Entre em contato!