Os gliomas de alto grau representam uma categoria de tumores cerebrais notavelmente avançados, exigindo uma abordagem abrangente para diagnóstico e tratamento.
Gliomas de alto grau são caracterizados por um crescimento rápido e uma natureza avançada. Eles têm maior probabilidade de se infiltrar nos tecidos circundantes, tornando a remoção completa através de cirurgia mais desafiadora. O glioblastoma multiforme (GBM) é o glioma de alto grau mais comum e avançado.
Os sintomas de gliomas de alto grau frequentemente incluem dores de cabeça intensas, convulsões, alterações na personalidade e déficits neurológicos. O diagnóstico envolve exames de imagem, como ressonância magnética, e, em alguns casos, biópsias para análise detalhada.
Tratamento:
O tratamento de gliomas de alto grau envolve frequentemente uma abordagem multidisciplinar. Cirurgia para remoção, radioterapia e quimioterapia são componentes-chave do plano terapêutico. A remoção completa de gliomas de alto grau pode ser desafiadora devido à sua tendência de infiltrar tecidos adjacentes. A localização próxima a áreas críticas do cérebro acrescenta complexidade ao processo cirúrgico.
Radioterapia é frequentemente administrada após a cirurgia para eliminar células tumorais residuais. A quimioterapia, muitas vezes com o agente temozolomida ou outros, é parte integrante do tratamento adjuvante.
Pesquisas e ensaios clínicos estão explorando terapias inovadoras para gliomas de alto grau, incluindo imunoterapia e terapias-alvo genéticas. Essas abordagens têm o potencial de melhorar significativamente os resultados.
O acompanhamento é rigoroso, importante para monitorar a resposta ao tratamento e detectar recorrências precoces. A qualidade de vida do paciente, com suporte psicológico e cuidados paliativos, desempenha um papel importante.
A pesquisa contínua está transformando a compreensão de gliomas de alto grau, proporcionando possibilidade de terapias mais eficazes e menos invasivas no futuro.
Referências:
- Louis DN, Perry A, Reifenberger G, von Deimling A, Figarella-Branger D, Cavenee WK, Ohgaki H, Wiestler OD, Kleihues P, Ellison DW. The 2016 World Health Organization Classification of Tumors of the Central Nervous System: a summary. Acta Neuropathol. 2016 Jun;131(6):803-20. doi: 10.1007/s00401-016-1545-1. Epub 2016 May 9. PMID: 27157931.
- Figarella-Branger D, Appay R, Metais A, Tauziède-Espariat A, Colin C, Rousseau A, Varlet P. La classification de l’OMS 2021 des tumeurs du système nerveux central [The 2021 WHO classification of tumours of the central nervous system]. Ann Pathol. 2022 Oct;42(5):367-382. French. doi: 10.1016/j.annpat.2021.11.005. Epub 2021 Dec 2. PMID: 34865882.
- Clarke J, Butowski N, Chang S. Recent advances in therapy for glioblastoma. Arch Neurol. 2010 Mar;67(3):279-83. doi: 10.1001/archneurol.2010.5. PMID: 20212224.
- Szopa W, Burley TA, Kramer-Marek G, Kaspera W. Diagnostic and Therapeutic Biomarkers in Glioblastoma: Current Status and Future Perspectives. Biomed Res Int. 2017;2017:8013575. doi: 10.1155/2017/8013575. Epub 2017 Feb 20. PMID: 28316990; PMCID: PMC5337853.
- Tan AC, Ashley DM, López GY, Malinzak M, Friedman HS, Khasraw M. Management of glioblastoma: State of the art and future directions. CA Cancer J Clin. 2020 Jul;70(4):299-312. doi: 10.3322/caac.21613. Epub 2020 Jun 1. PMID: 32478924.